segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Preciso do teu riso, menino.


Esforça-te em conhecer-me um pouco mais e saiba que tudo aqui é teu. Meu riso é teu e meu desespero é imaginar tua perda. Não por não saber partir, mas por tu valeres mais à pena do que meu orgulho e minhas fraquezas. Minhas oscilações me levam ao chão e preciso do teu riso, menino. Porque tu me passas certeza, porque tu és, de fato, o que busquei em todos os cantos e olhares. E, caso tu não saibas, por ti eu estou disposta a sufocar algumas exigências e te segurar nas minhas mãos cansadas e minhas sensações agônicas de perda. Porque tu vales à pena e eu me repito isso como mantra. Porque tu és detalhe, menino, e meus dias não são belos sem tua presença. Ainda à distância, ainda que nossas diferenças nos sufoquem, tu vales à pena e por ti insisto. Do erudito à rima mais simples: só tu se encaixas aqui. Porque tu és meu desenho traçado com a firmeza plena das minhas digitais cansadas. Porque a nossa simetria me espanta e tua voz é meu coro perfeito. Porque cada traço teu me tenta e me faz querer lutar e insistir por ti. Porque tu vales à pena e por ti eu insisto. Assumo meu caos, te conto os meus porquês e te ofereço minhas insistências e minhas forças. Porque tu vales à pena e isso não é hipérbole. Menino, a ti eu peço: esforça-te. E repito: tu és para mim detalhe fundamental. Tu sabes do meu riso e tu, só tu, sabes como achá-lo em meio ao meu choro. Sem porquês ou compreensões do mundo. Nós, nós não vivemos conforme tal, e tu entendes e por isso quero-te tanto. Porque tu vales à pena, meu amor. E quando, de fato, o amor povoar meu ser, eu não vou caber em canto nenhum mais, senão em você. Os nossos cantos e choros serão sossego e lar; o nosso abrigo, o nosso nó, o nosso eterno.
Eu te espero.
Ps: ah, menino, eu fico relendo teus traços sobre minha poesia e me certifico que meu amor ainda é teu. E não, isso não foi planejado. Foi acaso.
Teu acaso com descaso fez amor em mim.
"Depois de você os outros, são só os outros."

(Voraz)

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