domingo, 29 de janeiro de 2017

Tecendo a sua história.


Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada. Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se.

(Lya Luft)

Sempre me persegui.


Eu nunca fui livre na minha vida inteira.
Por que dentro eu sempre me persegui.
Eu me tornei intolerável para mim mesma.

(Clarice Lispector) 

A realidade.


A realidade requer  coragem. A verdade é  que somos mais  adaptáveis  do que imaginamos. Às vezes  sentir-se perdido e sem chão é parte de um processo para que nos tornemos mais fortes.

 (Autor Desconhecido) 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Toda luz que não podemos ver.


É o que mais gosto, acho, de tudo o que já vi. Algumas vezes, eu me apanho encarando o mar e me esqueço de minhas tarefas. Parece grande o suficiente para conter qualquer coisa que as pessoas possam sentir.


 (Toda luz que não podemos ver - 
Anthony Doerr)

PS: Terminei o livro ontem, depois de alguns meses de leitura. Não é aquele livro que nos prende no início, mas quando a gente vê já está totalmente envolvido. O livro conta a história, alternada em capítulos, de duas crianças: o Nazista Werner e a Francesa e cega Marie Laurie, que cresceram em meio ao caos da Segunda Guerra Mundial. É uma história envolvente, linda, sensível e triste ao mesmo tempo, pois mostra uma visão dura e crua da realidade da época. 

Quero é me reinventar.


Ninguém é normal. Por que ele seria? Ninguém é perfeito. Por que você busca alguém que seja então? Sua lista de exigências é real ou só seria preenchida por algum príncipe encantado chato? A graça está em um dia conhecer alguém todo louco e imperfeito, e que ainda assim te faça querer ficar. É isso que quero e acho mais bonito. Conseguir amar alguém que não seja nada do que eu imagino e penso querer quando me perguntam. Sabe aquelas coisas que eu sempre neguei que achava bacana? Que ele tenha. Sim. Porque aí saberei que é verdadeiro. Muito fácil amar nosso espelho, mas tão entediante, não? Quero é me reinventar com alguém. Que sejamos par improvável e não o par ideal, pois nada que é muito idealizado faz bem. Então, sei lá... Que ouça uma música que me irrite, que coma alimentos que não fazem nenhum sentido, que me faça mudar de opinião, que consiga combinar duas estampas inimagináveis, que continue gostando de algo que eu odeie, que não tenha medo de discordar de mim e que se recuse a passar a mão na minha cabeça quando eu errar... Enfim, alguém todo errado, esquisito, incompatível e que mostre que o lado avesso pode ser ainda mais incrível e que sempre esteve me esperando pra ser descoberto.

(Jessica Delalana)