domingo, 27 de outubro de 2013

O que a vida descosturou.


Porque Deus anda remendando com tecidos bonitos o que a vida me descosturou. 

(Patrícia Rocha)

Uma história de amor.


Depois de algum tempo assistindo romances e me imaginando naquelas histórias, aprendi -vivendo- que não se pode criar ou forçar uma história de amor na sua vida. Ela simplesmente acontece, ou não. 

Demorei... mas enfim, aprendi! (espero)

(Rayana Krambeck)

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Você tem?


Você tem alguma receita pra gente mudar de vida? E pra tomar decisões? E para mudar de personalidade? E para flagrar-se? E para pagar o karma em suaves prestações? E pra desorientação aguda, você tem? Se tiver, me passa que eu preciso.


(Caio Fernando Abreu)        

Uma nota.

 O vinho mais caro não serve pra nada quando a sede é de água.

(Tati Bernardi)

Agora sei.


Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. Quanto a mim, assumo a minha solidão.


(Clarice Lispector) 

Meu destino.


Se me derem para encher uma fórmula impressa ou uma ficha de hotel eu poderei escrever assim: Procedência – São Paulo; Destino – Joana. Pois é somente para ela que eu marcho. No táxi, no bonde, no avião, na rua, não interessa a direção em que me movo, meu destino é Joana.
Que importa saber que jamais chegarei ao meu destino?
 (Rubem Braga)


A casa ficou bem melhor.


Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias, gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim.


(Música - Os Paralamas do Sucesso)

Saber desistir.


Saber desistir. Abandonar ou não abandonar — esta é muitas vezes a questão para um jogador. A arte de abandonar não é ensinada a ninguém. E está longe de ser rara a situação angustiosa em que devo decidir se há algum sentido em prosseguir jogando. Serei capaz de abandonar nobremente? Ou sou daqueles que prosseguem teimosamente esperando que aconteça alguma coisa?


(Clarice Lispector)     

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Quando algo se rompeu.


A gente percebe direitinho quando algo se rompeu quando olha para trás (ou para o lado) e não sente absolutamente nada: nem saudade, nem aquele apertinho no peito melancólico que vai subindo devagar pela garganta e quase se transforma em lágrima.

(Clarissa Corrêa)

Armadura.


Amargura, às vezes, é armadura.
Assim como loucura pode ser cura, também.
Depois tanto apanhar, o coração decidiu parar
E não bater por mais ninguém.

(Hugo Rodrigues)

Deixa voar.


Então voe, meu bem, voe bem alto, dê rasantes, rodopie em busca do teu sol, sobrevoe mares e colinas, só pouse novamente, se tuas asas sentirem falta de me abraçar.

(Ju Fuzetto)

Eu nunca soube.


Não nasci com a pretensão de ser coadjuvante na vida de ninguém, nem muito menos viver castrado por algum sentimento qualquer. Em resumo: eu nunca soube o que vim fazer neste mundo.
(Hugo Rodrigues)

Seria mais feliz.


Não sei se te falaram, mas se você estivesse comigo, você seria mais feliz. Deu na TV, no horóscopo e nos livros que ando lendo.


(Hugo Rodrigues)

Visitar teus pontos turísticos.


E se não houver mais o que falar, apenas me olhe nos olhos e diga os caminhos que tenho que trilhar até chegar no teu país. Assim, meio que sem dominar teu idioma, pensei em visitar teus pontos turísticos. Você pode ser meu guia?

(Hugo Rodrigues)

Ela.


(...) Nos dias de sol ela parece ter oito anos. Pula, brinca e sorri como uma menininha do maternal, longe de toda maldade e preocupação do mundo. Nos dias de TPM parece ser uma senhora de oitenta e três anos com tendências “vampirísticas” - foge de qualquer claridade e se emputece com qualquer ruído mínimo que possa entrar em sua cabeça como uma bomba relógio.

Ela é morena, tinha cabelos negros curtos que eu adorava. Ama os felinos e tem a pele branca como uma folha de papel virgem. Queria escrever poesias nela - daquelas com rimas bonitas e frases bem encaixadas. Poetas passariam anos tentando encontrar a melhor maneira de descrevê-la. Canta suas frases felizes quando tem vontade. E se cala como uma pedra muda quando tem vontade, também.

Ela veste tênis geralmente. Mas mesmo assim consegue ser meiga e doce. Cerveja é seu suco predileto e sente fome quando está alcoolizada. 

Escolhe a cor da caneca do chá de acordo com o clima. Cada caneca tem sua função específica neste mundo. E se o ano tem quatro estações, ela é sempre primavera. Ama as flores como se fossem suas filhas e faz da natureza sua mãe mais sagrada.

Em um único parágrafo – ou em cinco minutos de conversa – diz quatrocentos assuntos diferentes. Sem pontos, vírgulas ou pausas. Às vezes, eu me sinto burro, com dezesseis anos de idade assistindo a uma aula de revisão de química – aquelas na qual a gente pisca o olho e o quadro negro já está lotado de fórmulas esquisitas. Queria ser químico para entender algumas coisas sobre ela. Ou psicólogo, não sei.

Mesmo assim, ela é divertida como nenhuma outra. Me faz sorrir sem esforço algum – apenas sendo como ela é, sem maquiagens, encenações ou algo assim. Ela encanta sem saber e sem querer. 

Ela é leonina, daquelas que têm orgulho dos seu signo. Mas não segue à risca das dicas do horóscopo. Tem uma queda por um meditações e ensinamentos indianos. Queria saber o que ela enxerga toda vez que fecha os olhos e viaja pelo mundo. Vez em quando, quero ser telepata, também.

É difícil e odeia falar ao telefone. Pode soar grosseira nessas ocasiões. Costuma ter insônias quando está ansiosa.

Ela não irá aceitar casar com você de primeira. Nem na segunda tentativa. Talvez, nem no quinquagésimo oitavo pedido. Mas se eu fosse você, insistia. Ela desconversará com risos em caixa alta e embora não diga “sim”, percebo que o sorriso dela vale mais do que essas três letrinhas quaisquer.


(Hugo Rodrigues)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Mudei.



Mudei, mudei muito. 
Às vezes sinto a minha falta, 
mas outras vezes acho que foi um alívio.

(Caio Fernando Abreu)

Sem arestas.


Fechei as aspas quando me encantei pelas vírgulas. Nesse tempo de mim, me desfiz dos parênteses que me limitavam, voei. Construí exclamações ao meu redor, me aventurei, pisei sem saber onde. Me interroguei e encontrei algumas respostas no caminho. Coloquei pontos finais que mereciam, que me exigiam e que consideravelmente me doíam. Deduzi, me antecipei ao que não foi dito, ao que não teve tempo de ser. Sem arestas, passei a viver no fio da vida, limiar da 'coisa'.
(Bibiana Benites)

O que nunca nos esquentou.


— Tudo esfria nessa vida. — suspiro
— Nem tudo, só o que nunca realmente nos esquentou por dentro.

(Maria Fernanda Probst e Ju Fuzetto in Trilogia Detrás dos cílios) 

Nada.


Não espero nada, não quero nada, nem me importo se o “nada” é um tudo que me conflita a mente.
É nada, eu sei.
O nada não aquece, mas queima, não congela, mas esfria.
O nada é só uma confusão que eu não consigo explicar.
O nada corre solto, o nada prende a gente, o nada é muito e ainda assim é nada.
É nada e ponto final.
O nada não continua, não dá margem pros sonhos, nem pra realidade.
O nada é um buraco na parede, um contexto descontente que a gente não entende.
É nada, pronto e acabou.
É nada quando não tem definição, é nada quando é além, quando é adiante e não cabe na gente.
O nada é só uma corrente, sem elo, um rio sem eira nem beira.

(Ju Fuzetto)

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Voei.


Esqueceram um par de asas em minha janela. Voei longe!

(Denise Portes)

Aquilo que seu coração deseja.




Quando você pede a uma Estrela, não importa onde esteja, 
aquilo que seu coração deseja, virá para você. 

(Walt Disney)

Vou dizer pra Deus nosso senhor.


Pode crer, que tudo vai dar certo. Sou Pescador, sonhador. Vou dizer pra Deus nosso senhor que tu és o amor da minha vida pois não dá pra viver nessa vida morrendo de amor. 
(Armandinho)

Quando eu chorar.


E quando eu chorar será por saudade. Será pelas lembranças das poções antigas que me traziam o teu encontro. Quando eu chorar será pelo deserto que ficou. Será pelo escândalo de tua ausência. Pela sua displicência em não ter lido o último bilhete. Quando eu chorar, serei eu vertendo as indiferenças de tuas idas e nunca vindas. Será porque eu não soube falar, pedir, reclamar, dizer. Quando eu chorar, será compreensível. Não para os outros, mas para mim.
(Ita Portugal)

domingo, 13 de outubro de 2013

O amor acaba.


Nada mais importante do que andar juntos. Ser ímpar tornou-se sinônimo de desgraça afetiva; e amor, esse tem a missão de ser eterno. P.T. Saudações. Não ensinaram que o amor não tem fôlego para ser eterno. No meio da estrada, ele muda a rota, perde a paciência, fica cansado, esgota sua cota porque já deu até o sangue. O amor acaba. Ninguém estava preparado para isso.


(Ita Portugal)

Você vai ser feliz.


Tá vendo a felicidade ali na frente? Não, você não tá vendo porque tem uma montanha de dor na frente. Continue andando. Você vai subir, vai sentir frio lá em cima, cansaço. Vai querer desistir, mas não vai desistir, porque você é forte e porque depois do topo a montanha começa a diminuir e o único jeito de deixá-la pra trás é continuar andando. Você vai ser feliz!


(Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Cuidemos do agora.

Sinto-me ter nascido a cada momento, para a eterna novidade do mundo.

(Fernando Pessoa)


Cuidemos deste agora. Muitos já se foram para nos ensinar que a vida é só um bocado de momento que pode durar cem anos ou cinco minutos. E não importa quanto tempo você teve para amar alguém, mas o amor que você investiu durante aquele tempo.
Segundos podem ser eternidades... ou não. Depende da ocasião.


(Marla de Queiroz)

E a vida é assim.

E a vida é assim: nem sempre dá tudo certo e nem sempre dá tudo errado. É aprendizado. Mas desconfio e procuro me afastar de gente que mostra uma vida que não precisa de retoques. Todo mundo precisa de ajustes, internos e externos.

(Clarissa Corrêa)


Se ainda não conhece, procure descobrir seu próprio caminho, suas competências e sonhos. Lembre-se que os outros, mesmo quando gostam e admiram você, nem sempre querem fazer parte dos seus planos. Da mesma forma que você nem sempre fará parte dos planos deles.

(Josias Bezerra)

Para ti.


Andei fazendo alguns versos. As estrofes mais bonitas são pra ti.


(Bibiana Benites)



sábado, 5 de outubro de 2013

Me diga ♫


Então me diga
Se você ainda gosta de mim
Porque de você eu gosto
Isso não deve ser assim
Tão ruim
Há quanto tempo eu conheço você
Oh, quanto tempo eu ainda vou precisar
E eu dependo do que eu não entendo
Eu pretendo apenas
Que você saiba que isso é meu amor

 (Me diga - Nando Reis ♫)

No mais.


Não me tome como exemplo. Não me leve tão a sério e nem siga o meu caminho. Já dei exemplos errados. Falei tolices com a maior seriedade e coisas sérias na brincadeira. E não tenho certeza para onde estou indo. No mais, sou normal. 

(Ita Portugal)

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

É ela.


Você irá amá-la, isso está na cara, mesmo que você se de conta disso um pouco tarde. Amará além da conta, perderá noites de sono, lembrará de todas as vezes que ela sorriu e seu mundo ficou mais colorido e preenchido. Lembrará da voz, das crises de ciúme e da mania que ela tem de se esconder da própria timidez.
Você amará os passos dela, até mesmo os passos em falso, amará cada centímetro da cintura dela, do corpo dela escorregando no teu. Amará os olhos que dizem mais que a boca, amará a imperfeição e toda a perfeição que ela carrega na alma.
Você estará perdidamente apaixonado quando descobrir que só a risada dela é capaz de acalmar e trazer paz. Ela será anjo que te abençoa e demônio que te domina, será deusa e discórdia. E você a amará com corpo, alma e todas as suas vísceras viradas no avesso. Ela te colocará de pernas para o ar, mas te dará vida e folego pra continuar a sonhar.
É na saliva dela que você vai matar sua sede, na pele dela você vai desenhar o amor e as suas teorias bregas, pois com ela você aprendeu a rezar e, ao mesmo tempo, sentiu que podia ir do inferno ao céu em segundos, porque ela é a única que te rouba o chão, os pés, mas é capaz de dar-lhe asas. Porque é ela o encaixe, a peça que faltava pra te fazer melhor. Ela é aquela que você nunca imaginou, mas amou no instante que a olhou.

(Ju Fuzetto)

Liberte as pessoas.

Mesmo quando existe uma grande vontade de ficar, existem momentos na vida da gente, em que é preciso partir para enxergar que você pode ser feliz morando em outro coração também. Sendo (no sentido mais amplo da palavra) em outro alguém.


(Bibiana Benites)



Um pedido: Liberte as pessoas. Acho que é complicado abrir mão de um amor, principalmente quando já acostumou com a presença, com o cuidado e carinho. É complicado deixar alguém ir e fechar a porta, porque somos inseguros e temos medo de um dia precisar dela de novo. Então, amarramos a vida e o sentimento dos outros. Manipulamos como quem mexe em bonecos. Temos um discurso bonito de ‘terminamos e dessa vez não tem volta’, mas mandamos uma mensagem quando vemos algo que nos lembra o outro. Prometemos que acabou, mas fazemos questão de dizer o quanto a outra pessoa é querida, gata, amável, incrível. E, olha, apesar disso, não queremos mais. Dê espaço, deixe as pessoas enxergarem que existem outras possibilidades de felicidade. E isso não te inclui. Eu não quero dizer que não é possível ser amiga de todos que coloco na categoria de “Ex-my-love”, mas é preciso tempo. É preciso digerir a ausência, é preciso estar seguro para ir em frente. Então, dê tempo aos outros. Não queira tudo ao mesmo tempo- agora. Respeite o sofrimento da perda. E, olha, feche a porta. Porque quando se gosta, se vê sinal de amor onde não tem. Cria-se história. Vira novela. E todos sabem que o cenário do Leblon não está bom nem para dramaturgia. 

(Dara Bandeira)


Faço paisagens.


Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto.


(Fernando Pessoa)

Na medida.

Nem muito doce e nem muito amargo. Tem que saber dosar. 
Tem que ser na medida que transborde.

(Bibiana Benites)



Não gosto de pouco. Gosto de inteiro. De muito. Do que é transbordante, em qualquer aspecto da vida. Porque? Ora, é simples: gosto de coisas que valham a pena a longo prazo. Pois, a curto prazo, as coisas, pessoas e momentos que a gente tanto esperou vêm e se vão com a mesma velocidade. A longo prazo, as coisas, pessoas e momentos, vêm e ficam. 

(Paolla Milnyczul)