E quando eu chorar
será por saudade. Será pelas lembranças das poções antigas que me traziam o teu
encontro. Quando eu chorar será pelo deserto que ficou. Será pelo escândalo de
tua ausência. Pela sua displicência em não ter lido o último bilhete. Quando eu chorar, serei eu vertendo as indiferenças de tuas idas e nunca
vindas. Será porque eu não soube falar, pedir, reclamar, dizer. Quando eu chorar, será compreensível. Não para os outros, mas para mim.
(Ita Portugal)
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