quinta-feira, 27 de setembro de 2012

nossa senhora da flor roxa.



Nossa senhora da flor roxa
rosai por nós
assim na vida
como no chão
a primavera de cada ano
nos dai hoje
encantai nosso jardim
assim como encantamos
o do vizinho
e não nos deixeis cair na tentação
de esquecer tuas flores.

(Alice Ruiz)

ela gosta.



Ela gosta de música, dias bonitos, brisa do mar, sol, calor, sentir o vento dançando nos cabelos, rir até a barriga doer, falar besteira, desenvolver “teorias” malucas, filmes, viajar, chocolate, arte, livros, você…" 

(Clarissa Corrêa*)

perfeitamente.



"Sou eu, eu sou um pouco estranha.
Mas obrigada por me amar.
Você está fazendo isso perfeitamente."

(Adam Lambert)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

a arte de desaprender.



"Antes de aprender, é preciso dominar a arte de desaprender. Desaprender a ser tão sensível, para conseguir vencer mais facilmente as barreiras que encontramos no caminho. Desaprender a ser tão exigente consigo mesmo, para poder se divertir com os próprios erros. Desaprender a ser tão coerente, pois a vida é incoerente por natureza e a gente precisa saber lidar com o inusitado. Desaprender a esperar que os outros leiam nosso pensamento: em vez de acreditar em telepatia, é melhor acreditar no poder da nossa voz. Desaprender a autocomiseração: enquanto perdemos tempo tendo pena da gente mesmo, os demais seguiram em frente. A solução é voltar ao marco zero. Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima. Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar."

(Martha Medeiros)

amor só não basta.



"Uma das coisas que aprendi 
é que amor só não basta 
para as plantinhas brotarem, 
crescerem e ficarem ótimas.
(...) Hay que trabalhar duro também. 
Todo dia regar, podar, controlar, 
lutar contra formigas, 
caramujos do mal ..." 

(Caio F.)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

1º ano do blog.



Boa noite Fluescentes!
Hoje vim aqui para dividir com vocês um momento muito especial:  nesse mês de Setembro o nosso Fluescência comemora 1 ano de existência!
Por isso, agradeço a cada um de vocês que faz do nosso Blog seu cantinho de refúgio, de inspiração, passatempo, momentos de compartilhar suas alegrias, angústias ou mesmo visitas diárias... Agradeço por fazerem parte desse 1º ano e de muitos que virão do Blog.
Muitos já devem ter percebido que o Fluescência está de cara nova, começando bem a primavera com um toque suave e que inspira alegria, leveza e renovação assim como a primavera faz com as flores!  Que a primavera floresça também no coração de vocês, trazendo esperança, mudanças boas, dias de sol, muitas cores, um olhar renovador e muitas alegrias!!
Em breve teremos novidades no blog! ;)
Abraços de amor a todos!

ilusão favorável do progresso.



Ah, eu mordo, mordo a vida como uma maçã suculenta. 
Brinco com ela feito um peixe e sou feliz. E o que é ser feliz? 
É seguir sempre em frente. 
Há algo melhor a ser feito do que aquilo que já fiz, 
e impulsionada pela ilusão favorável do progresso, 
buscarei progredir, fincarei as esporas em meu flanco, 
mais e mais - até aprender
Sempre. 

(Sylvia Plath)

certeza.



Não existem setas que indicam o que é bom e o que não é pra gente. Existem caminhos. Apostas no escuro. Certeza? Ninguém tem. Aliás, eu tenho uma. Eu quero ser feliz. Eu quero ser incontavelmente feliz, Zé.
(Bibiana Benites)

O amor.



O amor chegou sorrindo. Sem gritar, sem calar, sem ponto de interrogação. O amor trouxe reticências. Algumas vírgulas. E muitos parágrafos. O amor trouxe novas folhas brancas. E pele, aconchego, abraço. O amor é um abraço apertado. Um beijo na testa. E uma mão firme que te ampara a todo instante. O amor é compreensão, é olho no olho, é promessa que cumpre, é voz que não gagueja, é quietude, segurança." 

(Clarissa Corrêa)

Estranha ação.



(...) Não, não pense que é sempre bom, não sou a-toda-boa, a toda alegre o tempo todo, a toda amorosa constantemente. Eu sou estranha, tenho gestos e pensamentos e encanações e neuras e filosofias viajantes e temperamento salgado e toda uma série de e's que não consigo ajustar aqui, agora, pra você, talvez por não saber ajustá-los nem pra mim. Mas deixa isso tudo pra lá, eu e a minha estranhice, estranheza, estranhagem, estranhamento, estranhação. Estranha ação. É isso aí, sou cheia de estranhas ações. Uma delas é tentar explicar o sentido de uma coisa que nem sentido faz.

(Clarissa Corrêa)

domingo, 23 de setembro de 2012

Sim. Eu sou.



Pode me chamar de melodramática. É fato: eu gosto de transformar emoção em Poesia. De me confessar com as palavras. De ser com elas. E eu sou tão dependente dessa emoção para viver. Sentir pra mim é tão importante. Sim. Eu sou sentimental. Sim. Eu sou romântica. E emotiva também. Eu não me importo que me chamem de Piegas. Eu gosto de falar de amor todos os dias. Aliás, eu gosto de andar de mãos dadas com ele por aí. O amor não pode morrer dentro da gente.

(Bibiana Benites)

o bálsamo curativo do esquecimento.



"A capacidade de esquecer é o que existe de mais precioso sobre a face da Terra, sob nossas faces. Amar é indubitavelmente mais magnânimo, mas não é tão essencial quanto o esquecimento: é ele que nos mantém vivos.
O amor torna a paisagem mais bonita, mas é o bálsamo curativo do esquecimento que nos faz ter vontade de abrir os olhos para vê-la.
A paixão empresta um sentido quase mítico aos dias, mas é esquecer a excruciante tristeza perante a morte dela que nos torna aptos a nos encantar novamente dali a pouco.
Já esqueci amores inesquecíveis e sobrevivi a paixões que, tinha convicção, me matariam se terminassem.
Às vezes, cruzo na rua com fantasmas que já foram bem vivos na minha história e não deixo de sentir uma certa melancolia por perceber que aquele rosto um dia pleno de significado se tornou tão relevante quanto um outdoor de pasta de dentes.
Algumas pessoas são simplesmente apagadas da memória como filmes desimportantes. Sem maldade ou intenção, apenas esmaecem até desaparecer.
É mesmo impossível manter na memória da pele todos que passaram por nós ou sermos mantidos por todos: gente demais, espaço de menos...
O passado deve ser mantido no lugar dele e não trazido nas costas feito mochila de viajante, lotada com os erros cometidos e alegrias jamais revividas.
Para ser feliz é necessário pouca coisa além de se livrar do excesso de cargas e esquecer das coisas certas.
Nunca mais haverá amor como aquele?
Ótimo, porque o novo é tão imenso que seria um desperdício se algo se repetisse.
Todo mundo passa.
E é bom que seja assim...

 (Ailin Aleixo)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Benção celta.




Que o caminho venha ao teu encontro.
Que o vento sopre sempre às tuas costas,
e a chuva caia suave sobre o teu campo.
e até que voltemos a nos encontrar,
que Deus te sustente suavemente
na palma de Sua mão.
Que vivas todo o tempo que quiseres,
e que sempre vivas plenamente.
Lembra sempre de esquecer as coisas que te
entristeceram, e não esqueça de se lembrar das
coisas que te alegraram.
Lembra sempre de esquecer os amigos que se
revelaram falsos, mas nunca deixes de lembrar
daqueles que permaneceram fiéis.
Lembra sempre de esquecer os problemas que já passaram, mas não deixes de lembrar das bençãos de cada dia.
Que o dia mais triste do teu futuro, não seja pior
que o mais feliz do teu passado.
Que o teto nunca caia sobre ti,
e que os amigos debaixo dele nunca partam.
Que sempre tenhas palavras cálidas em um
anoitecer frio,
uma lua cheia em uma noite escura,
e que um caminho se abra sempre à sua porta.
Que vivas cem anos, com um ano extra para
arrepender-te.
Que o Senhor te guarde em Suas mãos,
e não aperte muito Seus dedos.
Que teus vizinhos te respeitem,
que os problemas te abandonem,
os anjos te protejam,
e o céu te acolha.
E que a sorte das colinas celtas te abrace.
Que as bençãos de São Patrício te contemplem.
Que teus bolsos estejam pesados,
e o teu coração leve.
Que a boa sorte te persiga, e a cada dia e cada noite tenhas um muro contra o vento, um teto para a chuva, bebida junto ao fogo, risadas que consolem aqueles a quem amas, e que teu coração se preencha com tudo o que desejas.
Que Deus esteja contigo e te abençoe,
que vejas os filhos dos teus filhos,
que o infortúnio te seja breve e que te deixe cheio de bençãos.
Que não conheças nada além da felicidade
deste dia em diante.
Que Deus te conceda muitos anos de vida.
Com certeza Ele sabe que a Terra não tem anjos suficientes.
E assim seja a cada ano, para sempre!"

(Antiga benção celta )

sábado, 15 de setembro de 2012

como?



Como é que se conjuga o verbo Ser, já que pouco gente É?
  
(Bibiana Benites)

Cadê minhas lembranças felizes?



Por que essa ingratidão memorativa? Por que essa desigualdade evocativa? Estou por concluir que a memória abomina a felicidade. Não cuidamos dos positivos das lembranças, apenas colecionamos os negativos. Não nos esforçamos para guardar os bons momentos porque temos a ideia – equivocada – de que são obrigatórios. Há o entendimento de que normalidade é acumular glória na vida enquanto a dor é um acidente de percurso. Há a convicção de que a alegria é uma condição natural enquanto a cara fechada é uma exceção (não seria o contrário?). Predomina em nós a compreensão ingênua da felicidade como facilidade e da tristeza como dificuldade. Ser feliz seria simples e ser triste consistiria numa tremenda injustiça. Uma noção do mundo em linha reta, de amor em abundância, provocando o desperdício constante e perigoso. Não preservamos as delicadezas, assim como não economizamos água, já que ela verte com ligeireza pela torneira da residência. Não poupamos as cenas comoventes, assim como não economizamos luz, já que ela depende de um clique para clarear as paredes. Não embrulhamos a ternura, esnobamos. Parece que é um dever recebê-la, que nossa companhia precisa nos oferecer sempre o cotidiano mais precioso. Devoramos um bolinho de chuva pensando no próximo. Beijamos a boca de nossa mulher cobiçando o segundo, o terceiro e o quarto beijo. O que é ruim é solene. O que é bom é descartável. A morte se torna mais inesquecível do que o nascimento. O atrito surge mais consolidado do que o primeiro encontro. A ruptura se destaca diante dos acordes iniciais da amizade. Temos amnésia da leveza, pois deduzimos que virá mais e mais no dia seguinte. Não criamos álbuns de nossas gargalhadas, mas recortamos as cenas rancorosas e amargas como se fossem definitivas e esclarecedoras. Somos algozes da felicidade e, ao mesmo tempo, vítimas da infelicidade.

(Fabrício Carpinejar in Cadê minhas lembranças felizes)

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Reconhecê-los.



Será fácil reconhecê-los, palavras não serão necessárias, e nem mesmo será
preciso saber seus verdadeiros nomes.
Saberá encontrá-los pela afinidade de suas energias, pelo chamado de
seus corações e pela profunda identificação com seus sentimentos.

(Wagner Borges in "Você que veio das estrelas")

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Dia do irmão.



Gostaria apenas que soubesse que apesar de todas nossas diferenças, crises, brigas, raivas momentâneas enfim, eu te amo sim, te quero bem, te desejo o melhor que a vida possa lhe oferecer. E quero que saiba que estarei aqui sempre quando precisar de um ombro, de um conselho, de um carinho, de um sorriso e um abraço amigo. Eu te amo por tudo que já vivemos juntos, mais ainda por sermos parte de uma mesma família, do mesmo sangue. Hoje eu peço a Deus mais compreensão, paciência e amor para que possamos viver mais felizes, aceitando nossas próprias falhas e as do outro também. Que possamos ser mais humildes para aprender com o outro sem desmerecer ninguém. Hoje eu só queria te dar um abraço bem forte e te dizer olhando nos seus olhos que te amo e que isso nunca vai mudar, fazer as mesmas bobeiras que fazíamos quando criança... FELIZ DIA DO IRMÃO TETEU!


(Rayana Krambeck)