quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

de você sou inteira.


 Das minhas certezas, sou contraditória, dos meus erros, sou verdade, das minhas doçuras, sou vaidade, dos meus medos, sou metade e de você sou inteira.


Quero a paz que o teu abraço consegue temperar no meu corpo, quero essa paciência que teu olhar por descuido coloca dentro de mim.

(Ju Fuzetto)



o que você é.


Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra. Você é o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora. Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda. Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima. Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia. Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.
(Martha Medeiros)

ciclos.


“Não seja desnecessariamente sobrecarregado pelo passado. Vá fechando os capítulos que você já leu; não há necessidade de ficar voltando e voltando de novo. E nunca julgue nada do passado pela nova perspectiva que está chegando, porque o novo é o novo, incomparavelmente novo e o antigo foi certo dentro de seu próprio contexto, e o novo é o certo dentro de seu próprio contexto, e os dois são incomparáveis.”


 “Você deveria ser capaz de estar só, completamente só e, ainda assim, tremendamente feliz. Então, você pode amar. Então, seu amor não é mais uma necessidade, mas um compartilhar, não mais é uma carência. Você não se tornará dependente das pessoas que você ama. Você compartilhará – e compartilhar é bonito. Esta é a diferença entre relacionar-se e relacionamento: relacionamento é uma coisa: você se apega a ele; relacionar-se é um fluxo, um movimento, um processo. Você encontra uma pessoa e você ama, porque você tem muito amor disponível.”

(Osho)

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Acontece e fim.


Eu falo é da densidade dele.
 E da vastidão que ele me dá.


Eles vivem uma relação 'encontrada',
em todos os sentidos.
Esse é um amor que acontece a cada dia.
É uma via de mão dupla.
É uma troca que interage. Transcende. Contagia.
É a delícia sentirem-se quando estão.
É o abraço, o toque, o silêncio.
E também os sorrisos, que libertos se esparramam numa mesma frequência.
Eles fazem parte dessa leva de casais, que lentamente descobre um pouco do Outro.
É o 'eterno início' que já dura temporadas.
É um lindo romance que todos os dias nasce junto com o pôr do sol.
Esses dois, que hoje decidiram ser UM apenas, quando se encontram...
Ah! Por certo deixam escapulir a 'suave pretensão' de deixar um pouco para amanhã.
Para depois. Para o mês que vem, não importa.
Eles não querem desvendar um ao outro de uma só vez.
Tem de ser aos poucos, como a própria vida acontece.
Esse é um amor que floresce a cada estação. É um arco-íris de sentimentos. 
Daqueles. Bem lindos.
Nesse encontro de Dois em Um, brota um cheiro bom de alegria.
De um amor quase maior do que o próprio amor.
De um amor que dispensa entendimentos.
Ele acontece. E fim.

(Bibiana Benites)

Bater na porta de Deus.

Eu não sei ser razoavelmente feliz. Eu transbordo. Sorrir pra mim, é apagar um pouco da tristeza. É bater na porta de Deus. 

(Bibiana Benites)


A verdade é que acredito, noutras vezes finjo, mas nunca perco a fé, essa coisa invisível que escorre por entre a falta de esperança e me impulsiona levemente pra frente. Por mais que os dias sejam difíceis, a gargalhada uma hora ou outra vem. E  vem fácil. E vem simples. E me enche de fé.
 (Ju Fuzetto e Eduardo Monteiro)

manifestação escrita.


Amo cartas, cartões, bilhetes, frases coladas na parede. Qualquer manifestação escrita me atrai. Palavras me seduzem. De vez em sempre não sei falar, então escrevo cartas. Já escrevi muito para família, amigos e amores quando as palavras insistiam em fugir da minha boca. Na hora de escrever, é mágica, elas chegam, ficam e não querem mais sair. Escrevo muito, o tempo todo. Escrevo quando quero me desculpar, explicar, entender, demonstrar, viver. As palavras vivem para sempre, não as que saem da boca, mas as que entram no papel. Elas não morrem. E o mais importante é que todas as emoções podem ser revividas, basta uma leitura. 

(Clarissa Corrêa)


E eu acho que todo mundo deveria escrever um pouco sempre que sorrisse, sempre que chorasse e acordasse. Escrever, sem se preocupar com a beleza do verbo, com a fluidez da palavra. Escrever sem corrigir as próprias lágrimas. Na fila do pão, enquanto o ônibus não chega, numa conversa no final do dia. Um balanço. Um aprendizado bobo. Qualquer coisa que a alma dita, cintila. Vira poesia. E nos devolve.

(Priscila Rôde)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

imensidão interminavelmente perfeita.


Ao abrir o jornal durante essa semana (sim eu ainda leio jornais escritos), me deparo com a seguinte notícia “Astrônomos descobriram bilhões de planetas semelhantes à Terra”.  Bom, os detalhes técnicos referentes ao assunto não vêem ao caso nesse momento, mas sim a sensação ao ler esta notícia que merece ser retratada nessas poucas linhas.
17 bilhões de planetas semelhantes à terra, isto apenas na Via Lactea, lembrando que já foram registradas milhares de galáxias no universo e a cada dia descobre-se mais outras. Diante dessa imensidão interminavelmente perfeita, ainda achamos condições de sermos egocêntricos, como podemos nós dar ao luxo de achar que tudo gira em torno de nós mesmos?
Ao chegar a minha casa olhei para o céu, milhares de estrelas brilhavam sobre minha cabeça, mais pareciam purpurina salpicada, deitei no chão e lá fiquei por horas observando o céu. Que perfeição, que imensidão, quantos mistérios! Quem sou eu perto de tudo isto? O que são os meus problemas, qual a sua significância perto do infinito? Preferi parar de perguntar e apenas observar e quem sabe receber a energia positiva que emanada por alguém em uma das infinitas “Terras” que existem por esse universo!
(Baldur Lux)

simples como uma bicicleta com flores.


Você gostaria de entender o que é ter um amor maior, descobrir cada pedaço que tatuou no meu coração? Com você eu aprendo que nem você sabe e por isso não sei te explicar.  Tudo seu deixa cheiro, toque, tato, revira a minha cabeça, muda a minha história e me ensina o amor. É simples como uma bicicleta com flores, nada demais, somente delicadezas e pequenos sortilégios.

(Denise Portes)


O amor era suave e tinha um jeito de penetrar sem invadir, de libertar no abraço. O amor não era mais aquela insônia, mas sonho bom na entrega ao desconhecido. O amor não era mais a iminência de um conflito, mas uma confiança na vida. E, pela primeira vez, o amor não carregava resquícios de abandono, pois havia descoberto: o amor estava ali porque ambos estavam prontos. O Tempo estava certo.

(Marla de Queiroz)

eu quero devagar, tudo.


Menos inquietação nos passos. E mais leveza no andar.


Quero ter a chance de poder viver até a última gota dos dias da minha vida. Que seja devagar, mas que eu possa desfrutar de tudo o que desejo de uma forma magistral e encantadora. Quero ter a certeza de que sonhos não são apenas doces que as pessoas comem, mas que podemos realizá-los assim que sentirmos a mesma sintonia sobre nós. Por sermos humanos, temos o direito de acreditar que merecemos algo bom, do que ainda não se apresentou, daquilo que tem gosto de chuva molhada no corpo e de água de coco na boca.
Ah como eu quero tudo, o improvável eu quero e o palpável da mesma forma. Quero o que me deixa mais feliz, mais louca, mais rouca, o que me propicia o melhor dos meus Eus, o melhor do que posso ser a cada dia, o meu melhor.
Penso que, por sermos essa 'carne' que se deteriora com o tempo, ainda assim podemos acreditar em nós mesmos, sempre. Não vamos desistir de nós, temos que continuar. Essa luta é minha e eu sei que, posso mudar o final dessa história se eu quiser, basta acreditar, por isso acredito. Por isso eu quero devagar, tudo.

(Bibiana Benites)



domingo, 27 de janeiro de 2013

Santa Maria, rogai por nós.

Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça. 
A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta. 
Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa. 
A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013. 
As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada. 
Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa. 
Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio. 
Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda. 
Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.
Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa. 
Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram. 
Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo? 
O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista. 
A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.
Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.
Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.
Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal. 
As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso. 
Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.
As palavras perderam o sentido.

(Fabrício Carpinejar)

Alguém partiu sem se despedir.



Alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perda da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades.
E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?
Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus. 
A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo.
(Rubem Braga)

sábado, 26 de janeiro de 2013

Sou simples, mas o coração é sofisticado.



Não se engane com meu olhar doce, nem com a minha mania de espremer os olhos, quase fotografando o vento. Sou simples, mas o coração é sofisticado. Guardo certas belezas invisíveis e a feiura de gente sem emoção não apetece a embriaguez de minhas mãos atrapalhadas.
(Ju Fuzetto)

nada vale a minha paz.

Nada vale a minha paz. Com o passar dos anos me tornei menos rígida comigo e com os outros. Aprendi que tudo tem o tempo certo, que "eu" tenho meu tempo certo e que tentar me anteceder a fatos e situações é um desgaste desnecessário. Não fico ruminando problemas, sentimentos de culpa, muito menos desafetos.
Me gosto livre. Grito quando tenho que gritar, falo o que penso, mas não acumulo nada,  lixo emocional exala mau cheiro e atrai moscas. Me aceito impura, inteira, intensa, sem me questionar demais. Convivo bem com meus pecados e virtudes. Hoje, me importo com o que realmente vale a pena. É impossível viver em estado de tensão, vigilância, em alta voltagem todo o tempo. Me limitei a ser leve para não perder o humor.

(Renata Fagundes)


"Não jogo com a vida, se quisesse jogo compraria um desses jogos de tabuleiro. A vida é minha melhor amiga e com ela não quero jogo, quero diversão. Só queria de verdade um pouco mais de sinceridade, respostas mais coerentes e objetivas das pessoas. Pessoas evasivas me causam náusea. Se não vai brincar do meu lado, me devolve a bola."  

(Dri Cassimiro)

Feliz em Ser Ela Mesma.


Também sei que sou uma alma livre. Não gosto de gente que se mete na minha vida e tenta me dizer o que devo fazer. Se eu quiser, pergunto. Se não quiser, por favor, não abra a boca. Não preciso de opiniões furadas sobre a minha vida, meu trabalho, meus amores, minha forma de conduzir as coisas. Eu tenho o meu jeito que, errado ou certo, é muito meu. Mas me perdoo por isso também.

(Clarissa Corrêa)


Ela Simplesmente Cansou
dos Venenos
e dos Silêncios de Sua Vida,
Ousou
Se Vestiu de Borboleta,
Pegou Ventos Livres
e Vôou Por Aí...
Feliz em Ser Ela Mesma
a Própria.

(Maxuel Scorpiano)

domingo, 20 de janeiro de 2013

guardanapos do Antônio.


puta que pariu, como te amo.



Queria prometer de mãos e pés juntos que serei melhor por nós, que deixarei o amor ser bem doce, docinho, sabe.
Mesmo sabendo das minhas limitações, dos meus medos bobos, da minha má vontade com a musculação, com os pesos entre os ombros e as ligeiras crises de ciúme.
Não consigo deixar tudo açucarado o tempo todo, minha teimosia é estridente, tenho saudades estúpidas, medo da morte e ser ciumenta é minha melhor qualidade. Confesso, não é nada fácil lidar com minha mania besta de amar além do simples “eu te amo”, de brigar por mais isso e mais aquilo.
Queria colocar dentro dos teus olhos toda a minha neura com estas coisinhas pra lá de normais, mas que me dão trabalho, sou tão medrosa, darling, tão pequena e, não é por falta de salto 15, ou qualquer plataforma que me faça sentir nas alturas, meu coração é que se aperta todo, me contraio por dentro, pra não me expandir além da conta, pra não ser egoísta por tão pouco e, sei lá, sei lá o que sou.
Sei que não consigo ser o tempo todo doce de leite, mas tento ser baunilha, procuro adocicar os sentimentos sem ser enjoativa, sem parecer um monte de mel cheio de formiga. E, olha, agradeço por você ter me ensinado os inúmeros palavrões e, eu te amo tanto, puta que pariu, como te amo.

(Ju Fuzetto)

emprestar as cores do arco íris.



Tenho sede de sabedoria, vontade de emprestar as cores do arco íris para colorir as ideias dessa gente cinza, opaca e vazia que não sabe propagar nenhuma cor, nenhuma luz, nenhum bem. As pessoas andam falidas de sentimentos, lotam as caixas postais com inveja e falsidade, trituram a dor do outro e bebem em doses homeopáticas só para se sentirem bem. Isso é normal? Isso tudo é frio demais. Enquanto muitos arrotam a inveja, outros massageiam o ego pisando na cabeça do outro.

(Ju Fuzetto)

sou o erro que pede desculpa.

Acredite eu não sou quente. Meus pensamentos fervem enquanto a frieza permanece intacta aqui no peito. Não, eu não sou boa. Passei anos calculando a bondade na minha falha calculadora de sentimentos. Não passei no teste pra santa. Sou o erro que pede desculpa por ser somente escuro.


Ame aquilo que você é por dentro. Ame teus espinhos, tuas limitações. Ame a tua parte má, o teu desassossego, a tua falta de vocação pra santa. Ame-se. Infinitamente.

(Ju Fuzetto)

apesar dos pesares.



Que apesar dos pesares conserva o bom-humor, caça nuvens nos ares, 
crê no bem e no amor.

(Carlos D. de Andrade)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

quando seu amor chegou.

Antes de ti, estava cansada de escalar esperas, tatuar paixões pelo corpo, esperando que elas se transformassem em lindas aquarelas. Hoje tenho o teu amor, sólido, consistente, impiedoso e impaciente que, de tão vermelho, sangra. 

(Ju Fuzetto)

"O seu amor chegou aqui em forma de vento. 
Daqueles em que fechamos os olhos
e abrimos os braços, como se pudéssemos abraçá-lo. 
E a vontade é de sair do chão e voar junto feito bolha de sabão...
... e explodir em um céu azul de felicidade."
  
(Erica Vittorazzi)

sinais.


A gente tem é que aprender a entender os sinais. Da vida. Das nossas escolhas. Dos erros e dos acertos... Daquilo que nos faz continuar. Seguir. E daquilo que insistimos em querer que seja. E na verdade já não é mais. Há muito tempo. 

(Bibiana Benites)


"É momento de cicatrização... A reconciliação daquilo que você quer, com aquilo que você não pode. Cicatrizar-se é a necessidade de toda hora..."

(Pe. Fabio de Melo)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

me capturar.


Sou construída por emoções secretas. Podem até comentar sobre mim, mas me capturar... Só com minha permissão. 

(Martha Medeiros)


Há muito cuidado dentro de uma entrega. E uma tristeza que, em mim, irradia. Úmida e irreversível.

(Priscila Rôde)

a vida é parte do mistério.


Aprendi a não escolher a expectativa como força propulsora da minha vida. Hoje quero, tão somente, agradecer pelos presentes que a vida me deu: Família, Amigos, Momentos, Lugares... Obrigado por tudo que tive e tenho; por tudo que perdi e ganharei. Obrigado pelas pessoas que passaram e pelas que ficaram. Obrigado pelo que aprendi sorrindo e pelo que me trouxe experiência na dor... Por nada menos que tudo, Muito Obrigado!

(Alexandre Barreto)



E o certo é que eu não sei o que virá. Só posso te pedir que nunca se leve tão a sério, nunca se deixe levar, que a vida é parte do mistério, é tanta coisa pra se desvendar... 

(Lenine in Todos os caminhos)

a magia no mundo.


Existe uma magia no mundo que podemos sentir,
Uma ternura nos seus olhos que me faz persistir,
Mudo de rumo, atravesso a estrada, subo ladeiras,
Me emburaco e me rasgo por caminhos tortuosos,
Somente pra viver nesta outra ótica,
para navegar nestes mistérios,
Para sentir, sentir profundamente o existir.

(Denise Portes)


"Eu sinto como se a cada passo, algo extraordinário estivesse prestes a acontecer. 
Sempre prestes. E está." 

(Gabriela Castro)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

minha busca.


"Nunca tive os olhos tão claros
 e o sorriso em tanta loucura.
Sinto-me toda igual às árvores: 
solítária, perfeita e pura."

(Cecilia Meireles)


Me busco em músicas que dão ritmo ao que sinto de forma silenciosa e me busco em trechos de livros que revelam ideias que mantenho ainda embaralhadas. (...) Me busco quando me aquieto pra escutar meus pensamentos, que não são retos, certos, fáceis, e sim espasmódicos, contraditórios, provocativos, ora estão ao meu favor, ora estão contra, e por isso me desencontro. Então escrevo, me busco em frases feitas e frases inventadas, colocando uma palavra atrás da outra na tentativa de construir uma lógica, um atalho, uma emoção que eu consiga sustentar e repartir, e depois fecho o computador me busco no sono, nos sonhos, no inconsciente, do meu lado noturno, sombrio, quando perco a coragem e tudo me amedronta, a começar pelo fato de que o dia terminou e a busca não se encerrou, nem irá, porque esse tipo de busca não se encerra."

(Martha Medeiros in Coisas da vida)

amor é soma.


"Amor é soma. É sentir-se confortável e feliz onde está." 

(Bibiana Benites)



"De todos os tipos de pessoas que conheci e passaram pela minha vida, eu sempre gostei mais daquelas que sabem nos tocar sem nem precisar encostar um dedo. Das que entram inteiras quando a gente já se acostumou com metades".




Quero.


Quero acordar sentindo o teu cheiro bom. Dormir ao som do beijo noturno. Quero continuar me enxergando em cada olhar mudo, falado, parado, tarado, estatelado, cansado, suado. Quero sexta, sábado, domingo, segunda, terça, quarta, quinta. Quero começar tudo de novo. Quero continuar tudo outra vez. Quero seguir em frente. Quero continuar tendo um sentimento que move e dá vontade de continuar escrevendo até ficar com as mãos manchadas pelo tempo e enrugadas pelo avanço da idade. Quero meses transformados em anos. Quero não perder nenhum minuto. Quero que você seja sempre a última imagem que eu vejo ao fechar os olhos. Quero não perder a capacidade de apreciar e reconhecer coisas simples. Quero continuar achando que o pouco é muito. Porque é o pouco que importa. O detalhe, o simples que abraça o outro simples e vira uma coisa enorme, que só quem sente sabe bem do que se trata.

(Clarissa Corrêa)

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Recomeçar.



Não é tão simples recomeçar, esquecer o que passou ao longo de mais um ano, pisotear nas folhar escritas com amargura, ou amassá-las sem conseguir queimá-las por dentro.
Queridos, é necessário equilibrar-se, cambalear também está dentro do contexto, cair é tão natural e, ao longo dos nossos tropeços e acertos, certamente conseguimos escrever nossa história com maestria e dignidade.
Vamos lá, temos que reaprender com cada ano que se esvai, com cada passo que se perdeu, ou com cada folha que se desprende de nós por ser nula, ou estreita demais.
Somos seres capazes de colorir, somos afetuosos e a vida nos presenteia com um novo ano. Devemos prosseguir cantarolando, inventando qualquer ritmo que nos embale para um futuro promissor.
Somos capazes de evoluir através da dor e do perdão, portanto vamos reescrever por dentro de nossa alma, vamos colorir aquele pensamento que se descoloriu pelas incertezas impostas pela vida, vamos escrever um poema, uma carta, ou bilhete para o nosso consciente, pedindo que ele nos mostre a verdadeira realização pessoal através de nossas escolhas.
Vamos eternizar as coisas que enaltecem, os laços e a vontade de querer entender e mudar o que dói, vamos ser flor para poder construir um jardim no peito e regar mais um ano com todo amor que não nos cabe no coração.

(Ju Fuzetto)

palavras guardadas no coração.



A vida é uma caixinha de surpresas onde nunca saberemos o dia de amanhã, nem as pessoas. Temos a mania de pensar que tudo é para sempre. Vivemos e não pensamos nas palavras que poderíamos dizer e não dizemos, no sentimento guardado. Às vezes vivemos de ações e nos falta palavras. Nem todo mundo tem a obrigação de saber o seu sentimento por ela, que aquele ato que praticou foi por amor. Por isso, por mais que doa ou seja difícil nos abrir, é necessário sermos nós, admitir nossa fragilidade, nos entregar as palavras guardadas no coração, pois nunca saberemos se teremos outras oportunidades. O amor só estará pronto para ser vivido se o libertamos de nós, um amor reprimido ficará guardado para sempre dentro do nosso coração, junto àquela interrogação do “Se”. A vida é para ser vivida com toda a intensidade do coração e da alma.

(Rayana Krambeck)

que o destino decida por nós.



Vai ou fica? Arrisca ou espera? Aceita ou recusa? 

Que o destino, de vez em quando, decida por nós. A gente merece uma trégua.


(Martha Medeiros)