quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

minha busca.


"Nunca tive os olhos tão claros
 e o sorriso em tanta loucura.
Sinto-me toda igual às árvores: 
solítária, perfeita e pura."

(Cecilia Meireles)


Me busco em músicas que dão ritmo ao que sinto de forma silenciosa e me busco em trechos de livros que revelam ideias que mantenho ainda embaralhadas. (...) Me busco quando me aquieto pra escutar meus pensamentos, que não são retos, certos, fáceis, e sim espasmódicos, contraditórios, provocativos, ora estão ao meu favor, ora estão contra, e por isso me desencontro. Então escrevo, me busco em frases feitas e frases inventadas, colocando uma palavra atrás da outra na tentativa de construir uma lógica, um atalho, uma emoção que eu consiga sustentar e repartir, e depois fecho o computador me busco no sono, nos sonhos, no inconsciente, do meu lado noturno, sombrio, quando perco a coragem e tudo me amedronta, a começar pelo fato de que o dia terminou e a busca não se encerrou, nem irá, porque esse tipo de busca não se encerra."

(Martha Medeiros in Coisas da vida)

Um comentário:

  1. Cecília e Martha juntas nos remetem a reflexão.
    Imperfeitos, somos nós.
    Questionadores, também.
    E nessa busca incessante por respostas, que nem sempre chegam, vamos caminhando.
    Perguntas parecem que nos são, sempre motivos de inquietações.
    E as respostas, nem sempre serão encontradas....
    Bjs.:
    Sil

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