Amo cartas,
cartões, bilhetes, frases coladas na parede. Qualquer manifestação escrita me
atrai. Palavras me seduzem. De vez em sempre não sei falar, então escrevo
cartas. Já escrevi muito para família, amigos e amores quando as palavras
insistiam em fugir da minha boca. Na hora de escrever, é mágica, elas chegam,
ficam e não querem mais sair. Escrevo muito, o tempo todo. Escrevo quando quero
me desculpar, explicar, entender, demonstrar, viver. As palavras vivem para
sempre, não as que saem da boca, mas as que entram no papel. Elas não morrem. E
o mais importante é que todas as emoções podem ser revividas, basta uma
leitura.
(Clarissa Corrêa)
E eu acho que todo mundo deveria escrever um
pouco sempre que sorrisse, sempre que chorasse e acordasse. Escrever, sem se
preocupar com a beleza do verbo, com a fluidez da palavra. Escrever sem
corrigir as próprias lágrimas. Na fila do pão, enquanto o ônibus não chega,
numa conversa no final do dia. Um balanço. Um aprendizado bobo. Qualquer coisa
que a alma dita, cintila. Vira poesia. E nos devolve.
(Priscila Rôde)
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