terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Loucura.


 Loucura.
Balanço-me para trás e para frente...
Enlouqueço-me num olhar estranho, parado.
Quero entrar no inexistente,
esquecer o presente.
Envolvo-me em uma velocidade anormal,
de pensamentos sem nexo,
onde olho o que não vejo,
onde cheiro o inodoro.
A tristeza leva meu corpo sem reação,
sinto o sangue em minhas veias envenenado,
como se meu corpo não possuísse alma.
Uma pintura abstrata, que não sei as cores:
as cores da vida, da morte, da alegria, da dor.
É como se a sonolência da minha mente
anestesiasse a realidade.
Grito sem abrir a boca,
sou apenas louca.
Louca de amor,
louca capaz de sentir o vento na calmaria,
calor no inverno.
Louca que leva o seu choro a correr o mundo,
dizendo:
Sou livre,
sou louca.
Balanço-me para trás e para frente.
Não tenho nome,
não sou gente.


(Maria Fernanda Probst)

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