Balanço-me para
trás e para frente...
Enlouqueço-me num
olhar estranho, parado.
Quero entrar no
inexistente,
esquecer o
presente.
Envolvo-me em uma
velocidade anormal,
de pensamentos sem
nexo,
onde olho o que não
vejo,
onde cheiro o
inodoro.
A tristeza leva meu
corpo sem reação,
sinto o sangue em
minhas veias envenenado,
como se meu corpo
não possuísse alma.
Uma pintura
abstrata, que não sei as cores:
as cores da vida,
da morte, da alegria, da dor.
É como se a
sonolência da minha mente
anestesiasse a
realidade.
Grito sem abrir a
boca,
sou apenas louca.
Louca de amor,
louca capaz de
sentir o vento na calmaria,
calor no inverno.
Louca que leva o
seu choro a correr o mundo,
dizendo:
Sou livre,
sou louca.
Balanço-me para
trás e para frente.
Não tenho nome,
não sou gente.
(Maria Fernanda
Probst)
Nenhum comentário:
Postar um comentário