Fechar os olhos e ver o sorriso. Na imaginação
o cheiro e o toque. Nem milhares de clichês conseguem descrever essa minha
vontade de chegar perto, e passar horas no abraço dele. E eu me pego entre
medo e certezas, ora premência, ora necessidade de viver um dia de cada vez! E
pulo etapas e quero pra ontem, e fico esperando ouvir o que é cedo demais pra
ser dito. Dói ser assim, querer tanto e não querer mais... E se um dia eu
acordo pensando, no outro durmo tentando esquecer. E exijo pressa, e reclamo da falta de calma. Evito que aconteça, pra que não acabe um dia. E
quando vejo, já deixou de ser, sem ter sido. E eu, que sou feitas de urgências, fico rezando pra
aprender a viver cada segundo sem medo do que vem depois, só pra não correr o
risco de te ver escapando de vez, sufocado pela minha mania de afastar de mim
quem tem feito de tudo pra ficar comigo.
(Karla Tabalipa)
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