sábado, 13 de julho de 2013

Numa rua, numa esquina.



Ando sem rumo. Meio morta. Meio torta. Indefesa. Inexata. Friorenta. Ando com noturnas angústias. Com dores desnecessárias. Fazendo luto para as esperas. Ando sem mim. Ando sem nada íntimo. Sem orquestras de sonhos. Sem réstias. Com desconforto emocional. Sem pausas. Acredito que num lugar qualquer. Numa rua. Numa esquina, dei de cara com o absurdo de fugir de mim mesma.

 (Ita Portugal)

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