domingo, 8 de dezembro de 2013

Mais pedra que papelão.


Talvez hoje eu possa ser melhor que ontem. Aqui dentro existe uma pessoa bem real, que gosta de viver com o coração saltando pela boca, sempre. Que gosta de chorar com a alma limpa. Bato no peito e grito que agora tudo é de aço, inquebrável. Porque sinto aquela vontade de gritar. Que passou, que hoje sou assim, mais pedra que papelão. Já cai de cabeça e quebrei tudo; hoje está tudo restaurado, sem neuras. E se precisar de mim, sem exigências habituais, eu posso ser a mesma sem ser exatamente igual. Os mesmos olhos ainda brilham tanto. Ainda fico sorrindo à toa e às vezes posso voar. (...) 

(Ju Fuzetto)

Nenhum comentário:

Postar um comentário