terça-feira, 7 de maio de 2013

Um jeito tresloucado.


Sentido, meu amor, só faz para gente. Sentido, meu amor, é o amor da gente. 


Ando necessitada de rabiscar minhas ideias pelos cantos, de registrar qualquer fiapo de amor, esperança, felicidade que pulsa nos meus dedos inquietos. Não posso deixar evaporar o pensamento, entende? Não posso me perder nas esquinas, na rotina, no virar de páginas. Uma hora eu bordo uma história completa, começo, meio e fim, recheada de suspiros e amores e contos de fadas (sempre!), n’outra hora eu fico boba, olhando para você ou para lugar algum, buscando lá no fundo da memória aquela frase que queria dizer, mas perdi em meio aos pensamentos. A cabeça não pára, em nenhum momento. Eu vivo com um bloquinho e uma caneta sempre por perto, para não sofrer e lastimar as entrelinhas que fugiram, mas não me parece suficiente. Eu queria me ver ali, pintada na parede de casa, n’algum canto qualquer. Eu queria brincar de inventar letras, formas e juntar palavras de um jeito tresloucado e sem sentindo pr’aqueles que nos vêem de fora. 

(Maria Fernanda Probst)


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