quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

marionete da felicidade.

Sorriso fácil, largo
braços abertos fartos
pés alados, asas

sou marionete da felicidade
me sinto leve, brisa, sol, luz,
vento em copa de árvore.


Ela falava de sonhos sem medo de parecer ridícula. Gostava da leveza descompromissada de vez ou outra marcar encontro com seu livro favorito. Colecionava filmes água com açúcar sem se preocupar com o que achavam do seu intelecto. Era feita de barro, podia ser moldada de acordo com os dias e se o resultado não fosse o esperado, se deixava quebrar e se refazia. Redescobriu novos sabores nas palavras: tranquilidade, equilíbrio, alegria, palavras conhecidas que agora eram degustadas, lambuzadas, vividas. Descobriu com tristeza pessoas vazias. Não sabia se existia culpa, apenas identificou uma necessidade urgente de atenção, cuidado, tempo. Pois é, a gente precisa dedicar um pouco mais tempo pra um sorriso, um abraço, um conte comigo. Pessoas ficam amargas porque ficam por muito tempo sem experimentar o doce sabor da palavra gentileza. Só consegue ser gentil quem não espera nada em troca. Estava agora, em um de seus passeios noturnos a conversar com o vento. E quando a noite era só breu, enfeitava os cabelos com estrelas para clarear os pensamentos.

(Renata Fagundes)

2 comentários:

  1. Olha eu de novo aqui (rsrsrsrs).
    Curtindo mais um post lindíssimo, recheado de um belo conteúdo.
    Bjs.:
    Sil

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    Respostas
    1. Senti sua falta Sil!! Adoro seus comentários...
      E esse post é lindíssimo mesmo! beijos...

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