(...) Nessas
fases doídas da caminhada, a gente esquece, sim, de que tudo passa. Esquece,
sobretudo, que precisamos permitir que passe. E que não há muito o que fazer
nesses momentos, senão entregar e confiar, eta tarefa difícil. Deixar que as
coisas morram e abram espaço para o novo. Aceitar o intervalo da travessia, em
que as coisas não têm mais a forma antiga nem ainda a forma nova. O tempo da
crisálida: nem mais lagarta nem vôo ainda. Respeitar a cadência natural das
gestações. Lembrar que precisamos ser delicados e generosos com nós mesmos para
atravessar a frente fria até o sol surgir de novo. Lembrar que tudo é
impermanente."
(Ana Jácomo)
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