A gente demora pra aceitar, arruma novecentas desculpas para a falta de jeito do outro. Ah, ele é confuso. Ah, ele está tenso. Ah, ele tem medo. Ah, ele é maluco. Ah, ele isso. Ah, ele aquilo. Desculpa, mas quem quer estar junto pensa ah, que saudade. Ah, que falta ela me faz. Quem gosta, gosta. Sem complicações. Sem armações e armaduras.
O medo de ficar só não pode
ser maior do que o amor que você tem por você mesmo. Desculpe, mas você é
obrigado a se amar. Ninguém ensina isso pra gente na escola, mas é a mais pura
verdade. A vida acaba te mostrando isso dia após dia. A gente tem é que se amar
muito, se respeitar muito pra chegar para o outro e dizer: se é isso que você
me oferece, agradeço, mas recuso. Não quero esse pouco. Não quero essas partes.
Não quero a sua metade. Vem inteiro, completo. Ou não vem. Ou nem te apresenta.
Ou pega teus brinquedos e sai logo daqui.
(Clarissa Corrêa)
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