Mania de achar que tudo é aqui e agora, achar que tudo tem hora.
Divertido mesmo é andar descompassado, desordenado, sem chegada marcada, sem
momento certo, sem estamos combinados, sem o sei como vai ser e como eu vou
fazer, surpresa também pode ser bom, surpreendentemente bom. Mania que a gente
tem de contar lugares, pessoas, situações, ruins e boas, mania de achar que
tudo tem um motivo, e mesmo que não tenha a gente inventa um. Mania de sempre
querer saber o porquê, ter as peças na mão, saber qual o próximo passo a ser
dado, mania de vitória certa, vitória conquistada pode ser bom,
surpreendentemente bom. Derrota também. Mania de achar que não pode mais
frequentar lugares, escutar músicas, comparar sorrisos, por medo de lembrar,
lembrar pode ser bom, surpreendentemente bom. Veja que irônico matar
lembranças, a pior morte que existe é aquela que acontece dentro da gente, e a
gente acha que é bom e bonito, e surpreendentemente, não é. Mania de achar que
Deus é a solução ou o problema, mania de achar que Deus é solução pra todo
problema, Deus não é solução e Deus também não é problema, Deus é amparo, Deus
é base, é conjugar o verbo confiança, é confiar. Deus sabe exatamente pra quem
sorri. Mania de arrepio, e mania de saudade. De confiar, muitas e muitas vezes.
Mania de construir, concomitantemente destruindo. Mania de abraço e cheiro.
Mania de palavras ditas e pensadas, mania de escrita. Mania de orgulho e
humildade, de silêncio, de sorrisos, lágrimas, amigos, parceiros, de amores, de
paixões, as que duram uma eternidade, as que duram três minutos, e as que não
duram. Mania de vida. Mania de doar e receber, mania de acima de tudo saber
reconhecer e valorizar, pessoas boas e momentos bons. E dentre todas as coisas,
mania de lição.
Não importa o que, tudo nessa vida é aprendizado.
(Texto tirado do blog “mais
amor, por favor”)
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