Vivas as cores dentro dela.
Porque ela aprendeu a passear
sobre o relógio do tempo.
Daí, passou a cultivar
hortênsias com jeito.
A ter mais samba e saculejo
na ponta dos pés.
Em cima dos medos,
ela borda uma estrela azul.
E dos amuletos
ela não se desfaz.
Tem um tercinho bento
que carrega junto ao peito.
Porque ela tem fome de fé,
mais que qualquer outra coisa.
Se alimenta de tudo quanto
é palavra boa.
E chacoalha as retinas
logo depois do café da manhã.
P’ras imagens ruins
sairem de dentro delas.
Depois, carrega no alforje
semente de ipê roxo.
Girassol ela planta aos montes.
E joga as sementes ao vento.
E não esquece de levar a agulha,
com as linhas coloridas de seda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário