segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O que nunca foi.


Onde quer que eu vá, Madri, Barcelona, na esquina, Santa Catarina, ou do outro lado da rua, por onde eu siga, levarei tua voz, tuas rimas engraçadas, teu riso.
Levarei teu beijo grudado no pensamento, levarei teu corpo embalado na vontade de nunca te esquecer. Levarei um pouco da tua história, do jeito bandido, ora bendito que foste em minha vida.
Levarei dúvidas congeladas pra servir em noites quentes, levarei certezas, uma porção delas. Levarei a saudade, a maldita que me matará em noites de lua cheia.
Levarei teu bronzeado pra mesclar na brancura que me veste. Levarei  o teu jeito de me tocar por dentro.
Levarei o amargo do que nunca foi, mas que poderia ter sido. Levarei você no oco do peito que jamais será preenchido. 

(Ju Fuzetto)

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