Do resto ninguém
precisava saber. Quando falo de resto refiro-me ao que deu errado, ficou para
trás, decepcionou, machucou. Falo das portas fechadas na cara, das pisadas no
peito, tiradas maldosas de ar, ilusões da vida para nos dar uma rasteira. Falo
daquilo que ninguém quer, mas que a gente faz o de sempre: passa por cima - ou
finge que passa. E saí pela rua com a cara deslavada de quem é feliz. Ninguém,
ninguém mesmo precisa saber do nosso esforço para tentar ser qualquer coisa
além do que não deu certo.
(Camila Costa)
Nenhum comentário:
Postar um comentário