Eu sempre achei
fenomenal essa gente animada. É sério. Acho bem bonito, pessoas que sabem ter a
alegria num simples bom dia. Gente que consegue enxergar melodia na campainha
do despertador. Eu não! A imensidão do dia sem nenhuma certeza me deixa numa
quase dúvida, sem saber que rumo tomar. A expressão do meu rosto denuncia que,
embora eu queira ventos mais brandos, nunca consigo expressar isso e contagiar
a galera de plantão.
Solto minha
promiscuidade com tamanha velocidade e quando percebo a merda tá feita. Não há
como reparar. E não é por falta de reflexão, pois desconfio que penso mais do
que deveria.
Com um pouco de sorte, tenho fé que descobrirei o que há por trás das minhas intempéries. O calor dos trópicos, talvez seja uma boa resposta! De qualquer maneira nunca consegui me divertir engolindo sapos que deveria vomitar. E por pura falta de tato, tento dar o meu grito de liberdade, mas o infeliz sai fanhoso.
Penso que o espelho trará a resposta. Olho e encaro o fato de que não sou imortal. Fico num desalento só. Ressentida, expresso com grande facilidade a patética verdade. Não consigo embolar, com legítima habilidade as entrelinhas do dia a dia, onde surpresas generosas não caem feito pingos d’água em dias de chuva abundante.
Admiro de coração quem irradia luz. Considero forte quem tira o peso do ombro e enxerga bons motivos para caminhar sem nada. Reverencio quem acumula energia o suficiente para sustentar o conceito de que tudo é simples, prático e informal. Tudo vira moda, tudo vira luxo. Tudo é bonito lá em Bagdá porque nesse hemisfério está tudo frito pra cacete.
Aqui o sol não raiou. O tempo não esperou a roupa secar. As flores murcharam em plena primavera. O chão tinha pedregulhos e a prova é que o joelho ficou ralado. O vento foi ao contrário. O gol foi do contra. Tive birras e isso é absolutamente normal. Intensa e irreversível são as minhas pirraças, o restante é contração do peito e esforço enorme do olhar.
Por segundos, babo com alguns encantos, mas não dura o tempo necessário para enxergar tudo cor de rosa. E se tudo isso for acúmulo de ranços velhos, para evitar, bem que a gente poderia nascer todas as manhãs e morrer ao anoitecer para zerar tudo.
Queira me perdoar, mas é que estou lotada até a tampa de fantasmas, marcas e histórias que não me dão a capacidade para atuar como vitoriosa. Sentei na última fileira. Fiz como aplausos, apenas gestos leves com as mãos. Confirmei que tudo é bom e ruim. Amargo e doce na mesma proporção. Cuidei de minhas chagas, mas elas não desapareceram. Tenho rispidez nos atos. Não sou suave no falar. E aceito que a vida me fritou. No mais, tenho a ilusão de que sou feliz e finjo muito bem.
Com um pouco de sorte, tenho fé que descobrirei o que há por trás das minhas intempéries. O calor dos trópicos, talvez seja uma boa resposta! De qualquer maneira nunca consegui me divertir engolindo sapos que deveria vomitar. E por pura falta de tato, tento dar o meu grito de liberdade, mas o infeliz sai fanhoso.
Penso que o espelho trará a resposta. Olho e encaro o fato de que não sou imortal. Fico num desalento só. Ressentida, expresso com grande facilidade a patética verdade. Não consigo embolar, com legítima habilidade as entrelinhas do dia a dia, onde surpresas generosas não caem feito pingos d’água em dias de chuva abundante.
Admiro de coração quem irradia luz. Considero forte quem tira o peso do ombro e enxerga bons motivos para caminhar sem nada. Reverencio quem acumula energia o suficiente para sustentar o conceito de que tudo é simples, prático e informal. Tudo vira moda, tudo vira luxo. Tudo é bonito lá em Bagdá porque nesse hemisfério está tudo frito pra cacete.
Aqui o sol não raiou. O tempo não esperou a roupa secar. As flores murcharam em plena primavera. O chão tinha pedregulhos e a prova é que o joelho ficou ralado. O vento foi ao contrário. O gol foi do contra. Tive birras e isso é absolutamente normal. Intensa e irreversível são as minhas pirraças, o restante é contração do peito e esforço enorme do olhar.
Por segundos, babo com alguns encantos, mas não dura o tempo necessário para enxergar tudo cor de rosa. E se tudo isso for acúmulo de ranços velhos, para evitar, bem que a gente poderia nascer todas as manhãs e morrer ao anoitecer para zerar tudo.
Queira me perdoar, mas é que estou lotada até a tampa de fantasmas, marcas e histórias que não me dão a capacidade para atuar como vitoriosa. Sentei na última fileira. Fiz como aplausos, apenas gestos leves com as mãos. Confirmei que tudo é bom e ruim. Amargo e doce na mesma proporção. Cuidei de minhas chagas, mas elas não desapareceram. Tenho rispidez nos atos. Não sou suave no falar. E aceito que a vida me fritou. No mais, tenho a ilusão de que sou feliz e finjo muito bem.
(Ita Portugal)