segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

"Perguntaram-me se acredito em Deus"


Acabo de ler na presença dessa maravilhosa noite estrelada e uma lua linda e sorridente, um livro que vou levar para sempre. Irei guardar dentro da memória e coração, para poder usar cada lição ao longo da minha jornada aqui na Terra. Quero guardá-lo para um dia poder lê-lo para meus filhos, netos, bisnetos... para meus amores. Que livro encantador, atraente, daqueles que dá vontade de devorar cada  capítulo, cada página, cada frase, cada citação, cada palavra... Que lição de vida! “Mestre Benjamin”, me ensinou que a vida é para se viver com amor, afinal: Ele teve um caso de amor com a vida. Postarei aqui, alguns fragmentos para dar aquele "gostinho de quero mais" em vocês, e quando tiverem a oportunidade, lê-lo também. 


“Deus é como o vento. Sentimos na pele quando ele passa, ouvimos sua música nas folhas das árvores e o seu assobio nas gretas das portas. Na flauta, o vento se transforma em melodia. Mas não é possível engarrafá-lo. No entanto as religiões tentam engarrafá-lo em lugares fechados a que elas dão o nome de ‘casa de Deus’. Mas se  Deus mora numa casa, estará Ele ausente do resto do mundo? Vento engarrafado não sopra. Deus nos deu asas. Mas a religião inventou gaiolas. Há pessoas que se sentem religiosas por acreditar em Deus. De que vale isto? 'Os demônios também acreditam e estremecem ao ouvir seu nome' (Tiago 2:19)                            
Tudo o que vive é pulsação do sagrado. As aves do céu, os lírios do campo. Até o mais insignificante grilo, no seu cricri rítmico, é uma música do Grande Mistério.
Não precisamos dizer o nome da rosa para sentir seu perfume. Não precisamos dizer o nome ‘mel’ para sentir sua doçura.”

“Você deve conhecer homens que dizem amar muitas, muitas mulheres. Eles saem pela vida à procura de namoradas e amantes e encontram muitas sem nunca encontrar alegria. O que eles encontram é prazer. Mas, de repente, por razões inexplicáveis, um deles encontra uma mulher que o fez esquecer de todas as suas namoradas e amantes. Nela o seu coração encontra alegria. Sua busca chegou ao fim. Assim é a vida. Quem está em busca incessante de muitos objetos de amor é porque ainda não encontrou o amor...”

“ Não andem ansiosos pela vida, pelo que irão comer ou beber. Nem pelo corpo, quanto ao que haverão de vestir. A vida é mais que comida. O corpo é mais que as roupas. Olhem as aves dos céus: não semeiam, não colhem, não ajuntam em celeiros. Contudo, a Vida cuida delas. E vocês valem muito mais que as aves... E qual dentre vocês, por ansioso que esteja, pode com sua ansiedade acrescentar um único dia à sua vida? E qual é a razão por que vocês se preocupam tanto com a roupa com que se vestem? Vejam como crescem os lírios do campo... E eu afirmo que nem mesmo os reis e as rainhas se vestem como qualquer deles. Vocês devem, em primeiro lugar, se preocupar com a sabedoria da vida e a justiça que nela há, e todas essas coisas lhes serão secundárias. Não fiquem inquietos por aquilo que ainda não aconteceu e nem sabe se acontecerá. Tratem de cuidar dos males de amanhã, amanhã. O mal de cada dia é suficiente para aquele dia.”

(Perguntaram-me se acredito em Deus – grande Rubem Alves)

Um comentário:

  1. Também li este livro, fiquei encantada com a pureza e leveza que Rubem Alves, descreve toda a beleza de DEUS. É UM SENTIMENTO ÚNICO, PURO AMOR.

    ResponderExcluir