Ora, pinhões! Eu nasci com o coração fora do
peito. Queria que ele batesse ao ar livre, ao sol, à chuva. Queria que ele
batesse livre, bem na vista de toda gente, dos homens, das moças. Queria que
ele vivesse à luz, ao vento, que batesse descoberto, fora da prisão, da
escuridão do peito. Que batesse como uma rosa que o vento balança.
(Rubem Braga)
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