A menina, com seu vestido estampado sentia tudo girar. Ela
girava até ficar tonta. Porque ela gostava daquela tontura pra viver. Era como
centenas de borboletas farfalhando dentro dela. E no bater das asas, levassem
embora as memórias, as derrotas, os cansaços. Depois, a menina saía mais leve.
Como se pisando estivesse num tapete florido. Um pouco mais de vento, ela saia
voando. Gostoso não sei se era. Mas bonito parecia. Ver a menina daquele jeito,
cabelos soltos, pés descalços, sorriso no rosto, uma estrela na testa. Como num
quadro pintando a guache. Girando e vendo tudo girar. Ela e Deus. Sozinha no
planeta Terra. Louca e completamente feliz.
(Cris Carvalho)
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