Não espero nada, não quero nada, nem me importo
se o “nada” é um tudo que me conflita a mente.
É nada, eu sei.
O nada não aquece, mas queima, não congela, mas
esfria.
O nada é só uma confusão que eu não consigo
explicar.
O nada corre solto, o nada prende a gente, o
nada é muito e ainda assim é nada.
É nada e ponto final.
O nada não continua, não dá margem pros sonhos,
nem pra realidade.
O nada é um buraco na parede, um contexto
descontente que a gente não entende.
É nada, pronto e acabou.
É nada quando não tem definição, é nada quando
é além, quando é adiante e não cabe na gente.
O nada é só uma corrente, sem elo, um rio sem
eira nem beira.
(Ju Fuzetto)