Dentro
desse meu complexo desencanto por vazios, frases cotidianas e pessoas
perfeitas, o que fica é sempre o inevitável, raro e imenso. O que fica é o
bobo, o clarividente, o que nos salva: você; o sorriso solícito que não recua,
o brilho da
palavra certa. O abraço que não destoa. A razão que flutua. Então a gente
sente, mesmo dando algumas voltas no mesmo desânimo. Não há que se entender
mais nada. Há que se ir. No fim, seremos a entrega que falta.
(Priscila Rôde)
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