... Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e
passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternura e escove a
alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado,
saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de
caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de
quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão
estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas,
cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de
galanteria.
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