sábado, 30 de março de 2013

Eu poderia ser livre.


Eu poderia ser livre, mesmo com tantas amarras em minhas mãos. Basta me libertar, deixar estar, ir viver. Ver o mundo, cantar a vida, celebrar o palpitar do coração, festejar com cada nuance de mudança de humor, afinal, eu me divirto com meu riso, com minhas lamúrias e faço festa, apesar de me prender no que já foi, no que já passou. Mas eu aprendo, meu bem. Com as lamúrias, certezas e incertezas. Com esse coração grande e riso fácil, com essa enxurrada de amor que eu tenho presa aqui dentro. E não paro, e não me basto, nunca me bastarei, nunca nada bastará, tenho o mundo inteiro que geme e me chama lá fora, murmura ao pé do ouvido, e meu riso fica mais frouxo e as certezas incertas que queimam estômagos me largam e convergem em ondas de alegria. A verdade é que nasci com tino pra felicidade, esse lance de rir por dentro não combina com minha intensidade, se é pra encher a vida, que seja de alegria desmedida, que os poros do meu corpo saltem buscando o calor do sol e, que nada destemperado assuma o controle do meu corpo. Que eu possa sussurrar no ouvido do vento, que eu me vista infinitamente de liberdade.

(Ju Fuzetto e Paolla Milnyczul)

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