Quando estou em silêncio, é quando mais falo.
Compreensão, atenção, coração, emoção, imaginação, pretensão
e todos os ãos (hoje) tão presentes, fizeram morada nessa casa que chamo
Eu-Lugar. Aqui habito, aqui me permito sentir.
Agrido, regrido, abandono, busco. Lugar meu onde encaixo, desembrulho, tomo
forma, perco o sentido, desassossego. Escorrego quando quero, me derramo quando
posso, me pertenço quando Sou. E sou... Tantas, todas e nenhuma, sou eu mesma;
mesmo quando não pareço ser. Brindo a companhia e me debruço-entregue nesse
espaço tão meu, tão Eu-lugar, Eu-amar, Eu estar. Eu. Antes de qualquer coisa,
sem negação. Eu quero sem ãos, no sentido mais literal da palavra.
(Bibiana Benites)
Nenhum comentário:
Postar um comentário