sexta-feira, 22 de março de 2013

Eu-lugar.

Quando estou em silêncio, é quando mais falo.



Compreensão, atenção, coração, emoção, imaginação, pretensão e todos os ãos (hoje) tão presentes, fizeram morada nessa casa que chamo Eu-Lugar. Aqui habito, aqui me permito sentir. Agrido, regrido, abandono, busco. Lugar meu onde encaixo, desembrulho, tomo forma, perco o sentido, desassossego. Escorrego quando quero, me derramo quando posso, me pertenço quando Sou. E sou... Tantas, todas e nenhuma, sou eu mesma; mesmo quando não pareço ser. Brindo a companhia e me debruço-entregue nesse espaço tão meu, tão Eu-lugar, Eu-amar, Eu estar. Eu. Antes de qualquer coisa, sem negação. Eu quero sem ãos, no sentido mais literal da palavra. 

(Bibiana Benites)

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