(...) Contigo, eu aprendi sobre liberdade, sobre deixar o Outro ser quem ele é, no âmago da palavra, e do sentimento também. Talvez eu não tivesse tido a chance ou mesmo a coragem de dizer o quanto me reinventei, me transformei e me aceitei frágil e imperfeita, desde a nossa primeira temporada juntos.
É, moço, você me ensinou a fechar todos os meus ciclos, todas as histórias mal resolvidas que deixei esparramadas por aí, sem receio do que viria depois. O tempo ao teu lado me proporciona formas – de todos os ângulos, cores e texturas – de conhecer melhor a minha essência e de compreender, com mais nitidez, a soma dessa escolha nossa.
Você nunca soube o quanto a tua companhia me ensinou a manter uma convivência madura e sadia comigo e com a minha solidão, com o meu passado e com este presente que nos brinda com sutil delicadeza. Vem aqui, chega perto, que hoje – sem mais tardar – preciso te dizer o quanto eu te amo, o tanto que eu te quero bem, que eu te quero perto.
Sim, eu nunca disse que quando os meus pés se aninham tão bem aos teus, como num gesto de proteção, de saber-te ali, tenho a plena sensação de que o amor chega quando a gente menos espera. E ele sempre sabe onde.
(Bibiana Benites)