Se eu morresse
agora, queria poder dizer o tanto que foi apreciar cada canto teu. O incrível
de ser mais de um. O absoluto prazer de trançar minhas pernas às suas durante
as inúmeras madrugadas. Adormecidas ou não. Se eu morresse agora, queria pedir
desculpas por sentir algo tão grande. Algo que não cabe nas mãos. Algo que
transborda em meu corpo, e jorra daqui como uma onda gigante. Ora para levar
nosso barco para ilhas paradisíacas. Ora para destruir tudo que encontra pela
frente. Ora pra ser uma tempestade de lágrimas. Ora pra ser uma chuva que
enfeita nossas peles. Se eu morresse agora, iria pedir a Deus um pouco mais de
você. Porque morrer não é problema. O ruim, é morrer de saudade. Saudades da
tua boca e tudo o que há atrás dela. Saudades dos peitos, dos jeitos, dos
tropeços perfeitos pela casa. Saudades dos planos e dos anos que ainda viriam.
Saudades até dos futuros herdeiros que não vieram. Mas tinham nomes e
sobrenome. E se Deus quisesse, viriam com o teu sorriso.
(Hugo Rodrigues)
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