quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Momento meu.



Não é teimosia. Acredite. Não é indiferença muito menos despreocupação. Tristeza, solidão, vazio. Não. É o contrário disso. Momento meu. Sentir meu. Estar meu. Poema, crase, frase, rima, verso. Sou  o instante que preenche essa linhas. Sou a continuação dos pedaços de mim que ficaram pelo caminho. É uma certeza bonita, uma inteireza que não me cabe. De tanto ser.
Permito deferência do destino. Respeito e estendo minha mão ao acaso, caso de amor com o tempo. Reverencio minhas escolhas, minhas vontades. Eu me aceito em humildade. Transito por mim numa continuidade infinda. Encantamento por estar tão dentro, tão sentida com as coisas, por essa delicadeza que me fez compreender o ciclo, a volta, esse retorno em mim.
Eu te recebo e ofereço meu silêncio afetuoso como companhia. Abro espaço ao que chega, por isso escrevo: como forma de encontro. Comigo e com o outro. Transformo o colo em abrigo, o toque em proximidade, a palavra em substância, o silêncio em linguagem, o sorriso me faz flor. Desabrocho. Sou.

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